segunda-feira, 21 de junho de 2010

MINHA COLUNA - EDIÇÃO 19 - 22/JUNHO/2010 - CLICK NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Obs: A foto da capa será postada em breve

CÁ ENTRE NÓS



Sempre tive minhas idéias ordenadas cronologicamente e sempre procuro formar uma teoria sobre todos os meus atos. Por saber que a ignorância, é sem dúvida, o grilhão e o cárcere do desenvolvimento social e espiritual da raça humana, digo: Não tente ensinar um porco a cantar. Você vai perder o seu tempo e aborrecer o porco. O que precisamos é confiar no que fazemos e nas pessoas.
Só existe um modo de verificar se uma pessoa merece confiança: confiar nela. Com praticidade e vendo o mundo com serena sabedoria e, sabendo ainda, que as emoções são coisas mais importante da vida, vibro ao saber que a cantora Elba Ramalho, contratada para 25 shows que serão apresentados em junho, emociona a platéia cantando Ave Maria. Faz isso para agradecer a rápida cura de um nódulo na mama. Narrar fatos e algo importante para mim, mas o mais importante é escrever alguns detalhes de meu ponto de vista.
Aquilo que escuto eu esqueço facilmente. Aquilo que vejo eu lembro. Aquilo que faço eu aprendo. A sabedoria é saber trocar as vitórias imediatas pelas conquistas duradouras. O valor das coisas não está no tempo em que duram, mas na intensidade que acontecem.
Você pode levar uma vantagem cometendo erros, mas isso não será para sempre. O erro mesmo quando perfeito, dura um breve tempo. Já o correto pode durar uma eternidade. Em resumo: mentira tem perna curta. Como ponto de partida retrocedo-me na máquina do tempo e trago a sabedoria do escritor e humorista carioca Stanislaw Ponte Preta (l923-l968) que dentre inúmeras coisas realizadas por ele, marcou presença com a seguinte citação: “Quem muito se promove a poucos comove”.
Existe um ditado nordestino que diz: “A oportunidade é careca e por isso tem que ser agarrada pelas orelhas”.
A beleza do adágio russo que diz: “o tempo não se sujeita a você; você é que tem que sujeitar ao tempo” se enquadra perfeitamente com o meu ponto de vista.
Em meu aparelho de som, Elis Regina cantava: “Não quero falar, meu grande amor, das coisas que aprendi no disco. Quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo.” Ok, eu também contarei o que aconteceu comigo.
Enquadrado neste tema, lá vem minha história de infância. Aliás uma infância de pobreza, porém, rica de aprendizagem, que ensinou-me a viver e valorizar cada detalhe e tudo que existe no planeta, por saber que Deus se faz presente no mundo.
Quando olho para trás, morro de rir só de lembrar das coisas que perdi, por causa de meu antigo estilo de vida. Hoje não tenho desculpas. Minha vida encontra-se super mudada. Sou uma daquelas pessoas que têm luz própria e a tal “joie-de-vivre” corre solta em meu corpo. Perdão! A expressão fugiu do português, mesmo sei o quanto soa pedante falar jogando aqui e ali palavras em outro idioma. È sempre mais simpática a expressão em nossa própria língua, que afinal de contas é sabiamente tão rica!
A Palavra é uma revolução, pois ela transforma o universo. Como o meu conhecimento flui solto e se estende em vários setores culturais, eu falo claramente sobre assuntos diversificados, viajo, pulo, corro, escrevo, canto, desenho, pinto, danço, interpreto, apresento, mas o que gosto muito é de uma boa leitura. Na verdade já rompi a casca e abri passagem, rumando, para nova concretização efetiva de meus interesses.
Aprendi que vale mais um inimigo sábio que um amigo ignorante.
A minha sensibilidade artística se faz representar em vários setores da arte. Além de desenhar e pintar, participei de grupos de teatro, dança (clássico, jazz, moderno, afro e primitivo) e canto e coral, tendo sofrido grande influência do mestre Beverley Gerard Maxwell Galloway “in memorian”, Debret (que reside em Paris), Dennis Schardong e Gabriel Silva.
Estudei desenho e pintura com o inesquecível artista plástico D’Andréa. Já o Curso de Arquitetura e Planejamento de Interiores (decoração) concluí em Copacabana no SENAC RJ – Brasil, mas todo o conhecimento que tenho nessa arte decorativa agradeço a Hélio de Castro e Marcos Brasil.
Mas o meu interesse por artes plásticas foi despertado por minha irmã Maria Aparecida, residente no Condomínio Ribeira, que hoje assina de Alencar Ricardo.
Hoje, também, ostento a posição de “coiffeur” e visagista. O curso de cabeleireiro e maquilador, ambos foram concluídos no SENAC.
O escritor português António Lobo Antunes deixou gravada a seguinte pérola: “Nossa relação com a arte sempre é mais afetiva do que racional, por isso temos dificuldade em aceitar gestos e pensamentos diferentes.” Já o artista americano Thomas Jones ( l892-l969) não pensou duas vezes para deixar registrado o seguinte: “Amigos vem e vão. Inimigos acumulam-se.”
Nesse ponto de vista, ressuscito o ditado brasileiro que era dito Por Maria José Ferreira de Alencar, minha mãe: “Quem fala muito dá bom-dia a cavalo.”
Não nego que a nostalgia me faz lembrar de meu pai José de Alencar e minha mãe, ambos “in memorian.” E como “flashback”, na época em que iniciava a carreira de modelo, nesta fotografia da coluna, poso com uma das peças da mobília do espólio de José de Alencar, que se encontra em inventário.
No desenrolar do cotidiano, aprendi a aceitar os ciclos da vida. No começo dela, parece que os anos demoram a passar. Ledo engano. O que acontece que o futuro nos oferece oportunidades infinitas. Em resumo: a vontade de ser grande, o suficiente para escolher os próprios caminhos, transforma a primeira parte da existência num período de espera impaciente, em que os ritmos das mudanças parece lento demais. Assim surge a impressão, logo essa fase, que nos transformamos em adolescentes, chegamos a juventude, ficamos adultos e envelhecemos.
É sem economizar espaço que trago as sábias palavras da atriz carioca Nathalia Timberg, cuja citação se resume no seguinte: “Você sabe que atingiu a maturidade, quando percebe que o caminho percorrido lhe dá chão mais sólido para seguir adiante.”
Como desfecho ressalto, agora, o provérbio mineiro que diz: “É boi sonso que arromba a cerca”.

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